"Paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem." (John Quincy Adams)
“Meu filho não aprende. O professor não ensina direito. Aquele aluno é preguiçoso e não gosta de estudar Ele não quer nada”. Essas são frases que mais são atribuídas ao não aprendizado da criança.
Segundo Jean Piaget, "Nasceu gente, é inteligente."
Na atual sociedade, a família passa a ter padrões diferentes, compondo diferentes núcleos familiares. A necessidade da mulher ( mãe) de integrar-se cargos, fora do seu âmbito familiar, reflete na formação de seus filhos. O tempo passa a ser curto e compromete a qualidade do convívio com os filhos. A qualidade do tempo passa a ser a lei da “compensação”, suprindo a base afetiva, e desenvolvendo carências que poderá refletir nos primeiros anos escolares da criança.
A escola, por sua vez, deve ver a função educativa de forma extensa. Ela passa a somente ter a função pedagógica, mas também ética e política. Então, uma escola com uma equipe multidisciplinar, vai investigar o motivo dessas queixas.
A criança é naturalmente curiosa e tem muita ansiedade para aprender, começa a fazer símbolos imitando grafias ( escritas), “lê” livros de história a partir dos desenhos. Então, afirmar que o aluno é “preguiçoso” necessita ter suas causas investigadas.
Diante de dificuldades de aprendizagem, o professor junto com o Pedagogi deve investigar o que impede a compreensão do conteúdo. Esse é um dos desafios de quem educa: descobrir maneiras diferentes de ensinar a mesma coisa, já que os estudantes têm ritmos e históricos variados. Também é papel do educador se questionar sobre a abordagem do conteúdo. Ela despertou curiosidade? O indivíduo encontrou utilidade no que foi apresentado? É com base nessas indagações (e nas respostas) que o professor deve pensar como expor o tema, que atividades propor e como avaliar. Ainda assim, todos têm o direito de perguntar o que não entenderam quantas vezes quiserem, sem medo de ser rotulados, ameaçados ou castigados. Os alunos precisam acreditar que o educador gosta de ensinar e, mais do que isso, saber que ele está cumprindo sua função. Nas séries iniciais, é comum (e normalíssimo) encontrar crianças com dificuldades de aprendizado. Classificar tais dificuldades como dislexia, por exemplo, não representa o melhor caminho. Também é fácil ver estudantes mais aptos para algumas disciplinas, mas nem por isso é correto classificá-los como incapazes em relação a outros. Todos podem desenvolver suas capacidades intelectuais e cognitivas. É a ação do professor junto ao Pedagogo que fazem a diferença.
Celma Lopes